sábado, 29 de outubro de 2011

Reencontros

Reencontrei-a ao fim de 6 anos. Apesar de envelhecida, mantém o ar de menina mal comportada que sempre lhe conheci. Cambaleava quando a via aproximar-se ao longe. Lancei-lhe um grito em forma dos seus dois primeiros nomes. Ela avistou-me e gritou também: "- Ó gaja! Que fazes aqui?". Aproximou-se de mim ainda a cambalear. Verifiquei que não tinha bebido nada, mas percebi que, nos dias de hoje, já só sabe caminhar desta forma. Demos um abraço sentido e sentamos-nos a fumar o cigarro da praxe. Eu senti-me transportada para o tempo em que quase vivíamos juntas. Mais uma vez conversamos sobre gajos e copos e vidas e merdas. E foi como se retomássemos a ultima conversa que tínhamos tido, há muito, muito tempo atrás. Separamos-nos ao fim de algum tempo para darmos seguimento aos nossos afazeres. Ambas nos afastamos a sorrir, satisfeitas. E eu fiquei com a agradável sensação de que há coisas que nunca mudam e de que há coisas que sempre nos farão felizes.

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