"Quando o visitador da hierarquia inspeccionou a paróquia e viu, na secção feminina do jardim infantil, a aglomeração de fedelhas, a revezarem-se no único par de sapatos de salto alto do bairro e a rebolarem-se frente à vigilância magistral da ex-alcoviteira, esfregou os olhos. Por fim, recuperando a fala, perguntou ao padre Seferino se tinha criado uma academia para prostitutas.
- A resposta é sim - respondeu o filho da Negra Teresita, varão que não temia as palavras. - Já que não há outro remédio senão dedicarem-se a este ofício, pelo menos que o exerçam com talento."
A Tia Júlia e o Escrevedor. Mario Vargas Llosa, pp. 239.
os sapatos de salto alto sempre exerceram fascínio especial nas miúdas, e as paróquias não fogem à regra.
ResponderEliminarO livro é mesmo muito bom.
ResponderEliminarMuito. Esse e alguns dos outros também. Recomendo o "Paraíso na outra esquina" e "Travessuras da menina má"
ResponderEliminar