terça-feira, 31 de agosto de 2010

Dançar antes de dormir.

Porque não há melhor terapia.

dancing, dancing, dancing, dancing dancing...

É verão e chove a potes.

Depois de duas horas a pregar a um grupo de vinte jovens adultos, cujo único projecto na vida é "nenhum projecto", e que ouvem as minhas palavras com o enfado de quem sabe tudo, saí para o jardim que rodeia o meu local de trabalho, e senti o cheiro deixado pela chuva quase tropical que acabara de cair. O ar era irrespirável, tal era a humidade. Mas aquele cheiro acre, a terra acabada de molhar pela água da chuva, encheu-me de vivacidade e recarregou-me toda a energia que tinha acabado de desperdiçar em vão. E preparou-me para enfrentar os que vêm amanhã.

Eu tou, tu tás, ele tá, nós...

Tenho uma dúvida existencial, que não consigo de forma alguma esclarecer sozinha. Por isso peço-lhes encarecidamente que me ajudem a compreender. Alguém me explica porque é que uma grande empresa, com suposta responsabilidade social, decidiu lançar uma campanha que tem como objectivo introduzir no dicionário uma palavra que não significa absolutamente nada. E porque é que a mesma empresa, em paralelo, lança uma discussão acerca de outras palavras que fazem parte da língua portuguesa, e que supostamente poderiam ser dispensáveis.
E já agora, tenho uma sugestão para outra campanha. Eis o slogan:
"Elimina a conjugação do verbo "tar" da tua linguagem escrita e torna-te uma pessoa menos bronca." Será que também cola? Pelo menos, no meio disto tudo, tenho uma certeza absoluta. Nunca mais me apanharão a beber daquela coisa que eles vendem.

Até tu Brian.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Hoje tenho dois desejos...

(passear pela Ilha do Ermal e
jantar no Victor, num sábado à noite)
...e nenhum dos dois se vai concretizar.

Este post tem linguagem menos própria...

...e portanto, as pessoas que não gostam de palavrões, deverão abster-se de o ler.
Eu nunca mais volto ao cinema. Juro que não volto. Ou então, se alguma alma me quiser arrastar até a uma dessas salas do demo, terá que me garantir por escrito que o filme tem apenas cenas de pancadaria, explosões a cada 30 segundos e sangue com fartura. Caso contrário, ninguém me apanha lá dentro.
É que, por vezes, o coração parte-se-nos aos bocadinhos. Nós temos um trabalhão a encaixar os pedaços no sítio e a colar tudo direitinho. Entretanto, a cola que usamos, que era a que tínhamos à mão, era daquela rasca, comprada na loja do oriental, que à mínima humidade, lá se vai. Mas nós achamos que não, que aquilo aguenta uma vida.
Então, um belo dia saímos de casa e vamos todos contentes ver um filme. Estamos até divertidos, porque era uma história para fazer rir, quando nos deparamos com o facto de a puta da ficção estar a imitar a nossa realidade. Não conseguimos manter a compostura e inundamos a sala com lágrimas. Ora, o cabrão do coração que estava colado com a cola merdosa, graças aos rios de água que correm, escaqueira-se todo de novo. E pronto. Voltamos ao início.
E eu juro. Eu nunca mais vou ao cinema. É que não vou mesmo. Não estou para esta merda.

Cooperação? Competição? Ou apenas gente mesquinha?

Há pouco, num momento de insanidade temporária, resolvi assistir ao famoso programa Projecto Moda. Já tinha visto o primeiro episódio e considerado que não valeria a pena voltar a ver qualquer outro. Mas hoje, a curiosidade venceu e lá estive eu coladinha à televisão, enquanto passava alguma roupa a ferro.
Não vou falar da prestação da Nayma como apresentadora, porque sobre isso já muitos dissertaram, nem sequer das criações apresentadas, cuja caracterização implicaria um elevado gasto de vocabulário menos próprio.
O que me leva a escrever sobre este assunto, foi uma pequena conversa entre duas das participantes que ocorreu mesmo no final e que me catapultou para os meus anos de Faculdade.
Dizia uma das senhoras, que um dos rapazes apenas tinha conseguido qualificar-se graças à ajuda que a mesma lhe tinha dado. E continuava dizendo que se soubesse não o teria ajudado, porque ela mesma tinha corrido riscos de ser eliminada. Ao que parece, o trapinho do rapaz tinha obtido uma melhor classificação do que o da senhora que o ajudou a costurar, o que deixou a senhora em causa, bastante descontente e chorosa.
E esta conversa fez-me voltar aos meus 18 anos, altura em que frequentava a Faculdade. Eu era uma aluna excelente na Estatística, na Genética e nas Biologias. Mas quando se tratava de disciplinas de paleio, não tinha grande paciência, e sempre que podia baldava-me ou desviava a atenção nas aulas para outras coisas, e por isso não tirava grandes apontamentos. Ora, um belo dia, quando pedia a uma colega de curso que me emprestasse o caderno para fotocopiar e estudar para o exame, ela respondeu-me aos gritos e com as lágrimas nos olhos:
- Nem penses. Se eu te emprestar o caderno, tu ainda tiras outra vez melhor nota que eu.
Eu agradeci e assegurei-lhe que não voltaria a pedir.
Continuei, tal como até aí, a ajudar os colegas nas disciplinas que para mim eram mais fáceis, e encontrei forma de ter apontamentos das disciplinas menos agradáveis. Continuei a tirar melhores notas que a colega que me recusou os cadernos. Mas penso, que ainda hoje ela não compreendeu que as minhas notas se deviam ao facto de as possuir competências cognitivas superiores às suas. E quanto a isso, ela nada poderia ou pode fazer.
Moral da história: Passar roupa a ferro ininterruptamente faz mal ao cérebro e conduz a comportamentos desadequados. A melhor terapia é ver de seguida vários episódios da série Lie to me. Ainda por cima, se começarem com banda sonora do Leonard Cohen.

domingo, 29 de agosto de 2010

Dans le désert...


...de mon coeur.


(Nos útimos dias tenho sentido um inusitado interesse pela música francesa. Os anglo-americanos que se cuidem.)

sábado, 28 de agosto de 2010

Apenas.


Ele parte sempre no início da madrugada. Ela, invariavelmente, fica mais um bocadinho a saborear. E dentro do seu corpo ainda estremecido, ela sente-se uma gaivota; solitária, livre, mas marcada para toda a vida.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Não compreendo.

O que procuras?
Mais sinais negativos?  Um erro crasso? A ordem de despejo? A confirmação definitiva?
É escusado. Podes procurar em todo o lado. Não vais encontrar nada que não seja eu. Eu, despida de disfarces e embustes. Eu, pronta para aceitar as ordens do destino.

Uma surpresa para o Pocoyo


Pois. Parece que os amigos do Pocoyo são um bocadinho distraídos. É que na verdade, ele faz anos hoje.
Feliz aniversário meu querido Pocoyo!

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Urbanidades

Estes anjos lavam muito bem o cabelo, mas ainda lavam melhor a alma.
E o meu anjo chama-se Manú.

Certinho, certinho.

E não é que agora lhe deu para implicar comigo. Ou isso, ou ando a desenvolver uma F22.0 Perturbação Delirante [297.1]*.

*DSM -IV

Mutações

A Helena sucumbiu e no seu lugar despontou outra mulher.
Chama-se Penélope e, se necessário for, aprenderá a fazer tricô.

Antes só...

...que infeliz acompanhada.

Causa de morte


Viu a coisa complicada, quando uma chuva fora de tempo transformou o carro que seguia à sua frente numa bailarina de piruetas, e obrigou o condutor a imobiliza-lo mesmo no meio da faixa de rodagem. Tinha guardado a distância de segurança e, apesar do seu carro ter feito um belo número de patinagem, conseguiu evitar danos quer em si própria, quer na viatura, quer em qualquer outro elemento da paisagem que a rodeava.
Seguiu o seu caminho tentando refrear a adrenalina que lhe corria no sangue e atentando a cada pormenor que a rodeava. Não lhe apetecia ter que repetir a proeza. Acabou por chegar ao destino sem mais contratempos.
Não tinham passado ainda 3 horas do sucedido, eis quando, após alguns minutos de conversa com o seu interlocutor (se é que se pode chamar conversa, uma vez que nenhum dos dois possuía conhecimentos num mesmo idioma e ambos tentavam comunicar através de uma espécie de linguagem gestual trapalhona) este lhe entrega um papel com um diagnóstico médico. O documento proibia-o de sair de casa e partilhar com o resto do mundo os bacilos que habitam no seu corpo, que lá se multiplicam, que desenvolvem uma série de actividades lúdicas nos seus órgãos vitais, e que alegremente se transportariam para qualquer outro ser humano que se encontrasse na vizinhança. Quiseram, de imediato, leva-la ao hospital e sujeita-la aos mais diversos exames. Recusou e continua a recusar.
No final da noite, depois de um dia inteiro a pensar que estava a viver no fio da navalha, concluiu que o único perigo que a espreita a cada esquina e que ditará a sua sentença final, tem um aspecto doce e apenas a consegue fazer sorrir.
Agora sabe que apenas poderá morrer de uma forma, e que será este o relatório da sua autópsia:
Corpo sem lesões aparentes, com excepção de uma pequena incisão no tórax do lado esquerdo, entre a 3º e a 4ª costela, que indicia ter sido efectuada por um objecto em forma de seta.
A análise dos fluidos corporais revela elevadas quantidades das seguintes substâncias: Norepinefrina, Dopamina, Seratonina, Oxitocina e Vasopressina.
Causa de morte: Envenenamento agudo.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Morte ao digital

Vejo-te e revejo-te, a cada momento, na árida planície das minhas recordações. E quando te gasto a imagem que trago dentro de mim, porque a uso em excesso, vou buscar-te aos álbuns fotográficos empoeirados e devoro cada pormenor do teu rosto, enchendo de novo a minha memória com o teu olhar e com o teu sorriso. E suplico aos deuses para que me tragam no vento o cheiro do teu corpo, o sabor da tua pele, o tom doce da tua voz. E quando isso não me basta, carrego-te na mente à hora de dormir, ansiando pela tua visita na terra dos sonhos. E quando acordo de manhã corro à janela, na esperança de avistar o nevoeiro, aquele, no meio do qual, me prometeste regressar.

Socorro!

Movimenta-se pelos meandros da Psicologia com à vontade. Já tem 18 anos daquilo. E 18 anos recheados de aventuras e experiências. Já andou à volta com crianças difíceis, adolescentes problemáticos, jovens adultos desestruturados e seniores em crise. Correu as especialidades quase todas, até porque não gosta de estar muito tempo no mesmo sítio. Já leu e escreveu muito, em demasia, algumas das vezes. Está certa de que aprendeu muita coisa. Tem todos os indicadores de sucesso.
E então como se explica que apesar de tudo isto, ainda não consiga debelar o mau humor matinal de uma pré-adolescente de 5 anos.

As leis da natureza

Na natureza, é muito fácil a um predador feroz transformar-se em presa. Basta, para isso, que se deixe distrair pelas cores brilhantes do arco-íris.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Lucidez

Descobriu que a paz se atinge com medidas radicais e verdades inteiras.

domingo, 22 de agosto de 2010

A inocência que se perde...


...e jamais se recupera.

(Ó Pipoco, então e este LOL?)

E assim se adia o inevitável

Há dias, tal como o de hoje, em que ela tenta a todo o custo esgueirar-se ao fado. Faz fintas, esconde-se, percorre longos e sinuosos caminhos, tentando afastar-se da inquietação.
Mas, toda esta azáfama, apenas serve para a fazer compreender que tudo a que se propôs foi em vão, porque o que realmente quer é voltar ao berço.
Um sentimento assoma-lhe à pele. Compreende que não adianta fugir. No seu íntimo sente que, a cada dia que passa, a tormenta vai tornar-se cada vez mais doce, cada vez mais encantadora.

sábado, 21 de agosto de 2010

A água e a pedra



O protagonista: a água.
A actriz principal: a pedra.
O espaço: a ombreira da porta do Éden.
O tempo: o ontem, o hoje e os amanhãs.
A acção: encontros, desencontros e mais encontros.
Sinopse: a expectativa da materialização do provérbio.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Pois! É assim.

As acções imponderadas são repetidas até à exaustão. A tolerância entra em burn-out. As reacções são catastróficas.

Leitura de praia


Esta é para o Ricardo. (sem link, porque ele é timido)

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Às escondidas

Andas a brincar às escondidas, mas esqueceste que és um gato, e por isso deixas sempre a ponta do rabo de fora.
Sei que estás aí.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Sem controlo

As pequenas borboletas que delicadamente depositaste no meu estômago metamorfosearam-se em alarves traças que me consomem velozmente as entranhas.

O céu pode esperar


Se calhar até sei, mas não quero dizer.

- Não sei, não sei e não sei.
- Como é possível não saberes?
- Impossível seria saber.
- Porquê?
- Porque me pedes que defina um conceito que não posso ver, tocar, ouvir, cheirar e principalmente saborear. Pedes-me para definir algo que é apenas uma miragem, que poderá desaparecer se eu der um passo em frente.
- Mas eu consigo defini-lo, apesar de também não o conseguir apreender com os sentidos. E eu preciso de saber.
- E depois, o que farás? Se eu te disser, isso muda alguma coisa?
- Muda, claro. Poderei tomar decisões, alterar tudo, voltar ao principio.
- E o que tu queres é mudar, apagar tudo e regressar à origem?
- Sim. É isso. Por isso te peço que me digas, por favor.
- Então eu digo-te. Digo-te que se o que queres é mudar, então muda, sem estacas ou muletas que te apoiem. E se durante a mudança caíres, só terás que te levantar, e de novo tentar mudar.
- Mas não foi isso que te perguntei.
- Mas isto será tudo o que te direi.

Não se faz.

Fizeram-me esperar até aos 36 anos, para me mostrar que as benzodiazepinas são o melhor amigo do Homem.

domingo, 15 de agosto de 2010

sábado, 14 de agosto de 2010

Da felicidade

Há exactamente 1826 dias tornei-me na mulher mais feliz do mundo. Mal eu sabia o que me esperava. Porque, apesar dos desatinos, a felicidade aumenta a cada dia que passa, e tem tendência a piorar.

Parabéns Cácu

Alívio

O peso do mundo caiu-me nas costas e estava quase a deitar-me por terra. Então apareceste tu, e em poucos minutos, com sábias palavras, aliviaste-o, tiraste-o de cima de mim e permitiste que eu voltasse a andar na posição vertical. És uma fada e o teu dom é o do não julgamento.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Porque não consigo.


Nesta nossa história de (des)amor, eu nunca poderia ser um Robert. Quando muito, uma Francesca, quando muito...

Não te devias esquecer.

"O homem e a mulher não estão feitos para se entenderem, para se amarem, para se fundirem e se confundirem. Pelo contrário, detestam-se e dilaceram-se um ao outro; e se, nesta luta que tem o nome de amor a mulher passa por ser a eterna vítima, na realidade é o homem que se mata e se torna a matar. Porque o macho é o inimigo desajeitado, desatrado, especializado demais. A mulher é a toda poderosa, encontra-se mais à-vontade na vida, tem vários centros erotogénitos, sabe portanto sofrer melhor, tem mais resistência, a sua libido dá-lhe peso, é ela a mais forte. O homem é escravo dela, entrega-se, rebola-se-lhe aos pés, abdica passivamente. Ele padece"

Blaise Cendrars - Moravagine, Edições Cotovia, pp. 89

Está documentado na literatura e na vida real. Se não aguentas, desiste. Se queres persistir, reforça as armas e prepara-te, porque vai doer e vai doer forte.

(Marco, só por este excerto já valeu. Спасибо)

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Eu não era assim, mas com a idade...

Hoje, como se já não bastasse o facto de ter tido que me arrastar até ao Centro de Saúde da minha área de residência, experiência por si só suficientemente surrealista, qual não é o meu espanto, e não só, quando vejo que vou ser atendida por uma enfermeira que tinha umas unhas de gel tipo garra, pintadas de vermelho vivo, que nunca na vida conseguiria enfiar numa luva de plástico, pelo menos sem a desfazer aos bocados. E pergunto-me eu: - E se eu fosse com a cabeça partida ou um joelho esfolado? Era aquela senhora que me ia fazer o curativo?
Há coisas que não me entram, não me entram mesmo.

Imprevistos

O impossível entrou-me me casa, por uma janela que deixei entreaberta. Há muito que o esperava, estando certa, contudo, de que não viria. E agora que o tenho aqui, quero enclausurá-lo em mim e nunca mais o deixar sair. E é por isso mesmo que lhe vou escancarar todas as portas e abrir de par em par todas as janelas.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Cépticos!

Educações

Compreendemos que não estamos a fazer tudo mal quando eles, com um ar sério de pessoa demasiado crescida, nos dizem: "Mãe, quando tiveres dinheiro compras-me um..."

Dos jogos

Só podes entrar no jogo se estiveres disposto a perder.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Inacreditável

Quando é que eu poderia imaginar que, um dia, me irias dirigir estas palavras: "essa tua cautela irrita-me!"

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Mente-me, que eu gosto.



(É do conhecimento público que tenho uns gostos muito pouco óbvios, no que respeita aos homens. Pronto, muito pouco obvios é eufemismo, o termo seria mesmo completamente estranhos. Mas convenhamos, o Tim Roth está cada vez mais sexy. Quem diria.)

Hoje é dia de...

Já lhe tinham elogiado a escrita algumas vezes. Em adolescente tinha até ganho um prémio de escrita. Foi um prémio pequeno, um trigésimo lugar ou coisa parecida, mas que lhe deu direito a receber uma t-shirt 3 números acima do seu, que guarda ainda religiosamente. Apesar dos elogios e do modesto prémio, nunca confiou que as coisas que escreve pudessem interessar a alguém que não a si própria. Sempre considerou que da ponta dos dedos apenas lhe saiam banalidades e histórias corriqueiras e, portanto, foi-se abstendo de escrever o que lhe vinha à cabeça.

Um dia, enquanto explorava o blog de uma amiga, que por sinal escreve muito melhor que ela, olhou para o canto superior direito e leu "criar blog". Clicou no link, para ver o que acontecia e de repente, quase sem dar conta, tinha dado à luz o Vida(s) Urbana(s). Não tinha qualquer objectivo quando accionou o botão. Não pensava em sustentar a sua cria, alimentando com letras as páginas em branco que lhe apareciam. Tinha até intenção de a abandonar, mas a verdade é que foi, aos poucos, a um ritmo preguiçoso, ao seu ritmo, que isto da escrita, para ela, nunca foi coisa feita por encomenda, fazendo crescer o enjeitado.
Nos primórdios, não o queria dar a conhecer. Apenas o apresentou a um amigo querido, por ser ele o personagem principal do seu primeiro post. Mas fê-lo jurar segredo eterno. O amigo, incentivou-a a continuar e sem desvendar a autoria, e porque ela lhe pediu, foi divulgando entre a rede de conhecidos. Aos poucos, a palavra foi passando e mais gente foi espreitando e dizendo de sua justiça. E ela gostou do que lhe foram dizendo. E foi continuando. E gostou também de ir encontrando outras pessoas que escrevem e que, ao contrário de si, têm coisas interessantes para dizer ao mundo. E gostou também de poder conviver com essas pessoas, no mundo virtual do ecrã do seu computador.
E hoje, continua a nutrir o blog, porque descobriu que escrever lhe dá prazer e que ler o que escreve lhe agrada muito.

E isto tudo para dizer que anda por aqui exactamente há um ano. Pois. Foi no dia 9 de Agosto de 2009 que o primeiro post deste blog viu a luz do sol.

E por isso, vá lá. Toca de dar os parabéns e miminhos ao menino pequenino. E já agora, à egocêntrica e narcisista mãe do menino também.

domingo, 8 de agosto de 2010

As férias, ai as férias!







Dispensam-se as palavras.