quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

domingo, 26 de fevereiro de 2012

sábado, 25 de fevereiro de 2012

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Não volto a pegar num cigarro.

Confiamos no escudo da genética e da história para neutralizar o efeito debilitante das notícias que chegam todos os dias. Assimilamos a imunidade que tem sido transmitida de geração em geração e que nos livra os dias do medo asfixiante. "Somos poderosos, mais rijos, feitos de outra cepa..."
Até que, à hora do jantar o telefone toca e a má nova invade, em uníssono, cada célula do nosso corpo, provocando uma convulsão de medo, de raiva, de fúria, de iniquidade, de dor, que nem a calma aparente do interlocutor consegue aplacar. A invencibilidade esgotou-se. "Afinal não somos poderosos, não somos mais rijos, não somos feitos de outra cepa. Somo iguais a todos os demais e pereceremos da mesma forma." Depauperaram-nos de um dos bens mais preciosos que possuíamos. Roubaram-nos a certeza de que na velhice estaria o móbil do nosso ocaso.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Credo.

Creio na irreversibilidade absoluta do sentimento de desapego; na impossibilidade de regressar, depois de ultrapassadas certas fronteiras; na sublimação do arrependimento pelas convicções; na hegemonia da teimosia sobre a razão; na protecção, até ao extremo, da auto-estima.
E nos dias difíceis, quando nada mais me inspira confiança, creio apenas e ininterruptamente em mim.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Valentim

Poderia ter passado sem deixar rasto, não fosse o doodle do Google. Delicioso.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Simples?

Tal como a Terra aprendeu,
a milimetricamente manter,
a distância perfeita do astro solar,
também eu procuro,
por tentativa e erro,
um lugar para te posicionar,
que não seja demasiado próximo,
para a minha pele não se queimar,
que não seja demasido distante,
para o meu peito não enregelar.

Segundas-feiras

E pronto! A ordem natural das coisas começa a ser reposta.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

quasetrintaeoito


O sol que nasce na tua janela, teima em vir pôr-se na minha




O seu estado mental é definido pelas músicas que a atormentam #5

Para quê o esforço, se os outros o dizem bem melhor.


Os homens que deixam de amar as mulheres (*)

After-hours com os colegas ou “happy-hour”, como eles preferem chamar por aqui, maioritariamente de machos e prolongado. Não chego a compreender os homens que deixam de amar as mulheres (as suas). Parece-me a mais absurda das contradições essa de decidirem casar ou “juntar os trapinhos” à séria, para depois preferirem evitar o final da tarde ou a noite com a pessoa que pretensamente escolheram “para a vida”. Falo com o dom da observação, de quem os conhece assim, colegas de trabalho e até alguns amigos, demasiadas vezes à procura do programa alternativo que os vai safar de mais umas horas com a cara-“metade” ou com os filhos. Gosto do oposto destes, que estatisticamente são uma minoria, daqueles que, com a dose certa de lamechice, se derretem com a troca de palavras num telefonema durante o dia ou que denotam entusiasmo com um qualquer programa que preparam para a noite.
A vida dá-nos o poder, sob a forma de liberdade, de escolhermos bem e de procurarmos quem queremos mesmo. Não chega a ser um desafio, é mais uma questão de convicção e de certeza, fiel, que se quer sem hesitações quando concluímos que chegámos à pessoa certa.

(*) post rascunhado antes de ser roubado ;)

O Ricardo continua a deliciar-me com a sua escrita que, apesar de clarividente, não deixa de afirmar sempre a sua crença no amor.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

quasetrintaeoito

Convicções

Cada vez que a vê aproximar, arranja maneira de deslocar o seu metro e oitenta pelos cinco metros de balcão, de forma ágil e veloz, como se fosse uma gazela que foge de um predador, só para ser o primeiro a chegar, para ter o privilégio de a atender, não só não fugindo, como entregando-se deliberadamente ao perigo. Mira-a de alto a baixo e, antes de lhe perguntar o que vai comer, informa-a acerca do número de dias que ela esteve ausente, como que a cobrar-lhe pelo seu desaparecimento. Ela desculpa-se com o trabalho, diz-lhe que tem pressa e pede-lhe algo rápido para comer, fast-food, como dizem os americanos, sabendo de antemão que ele vai ralhar-lhe por não fazer uma alimentação equilibrada. Ele cumpre o seu papel e diz-lhe que ela devia comer uma refeição de gente adulta. Ela desculpa-se mais uma vez com  a falta de tempo, e então ele corre para a cozinha para lhe preparar a tosta ou o hambúrguer que ela lhe pede. Quando regressa com a comida entrega-lha, sempre de forma ruidosa e permanece no balcão, próximo do local onde ela come, deixando o atendimento dos outros clientes para os colegas. Tem sempre assuntos para conversar com ela, perguntas para lhe fazer, coisas para lhe contar. Ela entretém-se com a sua companhia enquanto come. Gosta da sua juventude, do seu ar de miúdo mau, do rosto com feições quase perfeitas, dos braços enormes cheios de músculos que indiciam horas de ginásio. Gosta da forma como ele desliga do mundo para lhe dar todas as atenções, como passa de empregado de balcão a cozinheiro e de cozinheiro a confidente só para estar próximo dela.
Hoje, enquanto lhe servia o café disse-lhe com um ar pouco triste que tinha saído de casa, que desta vez era definitivo, que por muito que lhe custasse deixar os quatro filhos, já não aguentava mais a mulher. Disse-lhe isto enquanto a olhava nos olhos e esperava que ela reagisse. Ela sem mudar a expressão bebeu o café, desejou-lhe boa sorte e despediu-se. Enquanto se afastava, espreitou pelo canto do olho e viu o seu ar de perplexidade e abandono. Continuou a caminhar. Não olhou para trás. Noutros tempos não teria hesitado e atacaria. Noutros tempos, decidiu que não voltaria a esse tipo de homens. Nos dias de hoje mantém-se fiel às suas convicções.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Indecisões

 Disseram-me que anda aí um filme a preto e branco muito interessante. Fui pesquisar e encontrei dois. Agora não sei se hei-de escolher este



ou este...



quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

domingo, 5 de fevereiro de 2012

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Que tenha classe, muita classe.

Confrontado com a necessidade de tomar uma decisão, eis que ele me pergunta, sabendo de antemão que não irá obter a resposta que deseja:
- Achas que alguma delas será a mulher certa para mim.
Devolvo-lhe a pergunta.
- E tu? Achas que alguma delas será a mulher certa para ti?
Ele olha-me com um sorriso, mais intenso nos olhos que nos lábios, de quem percebe imediatamente a minha intenção e responde:
- Elas são tão diferentes. São ambas intelectualmente desafiantes, uma mais bonita que a outra, com umas curvas mais aerodinâmicas, mas que às vezes...tu sabes.
Eu sei. Ele sabe que eu sei. E ele também sabe. E também eu sei que ele sabe. E portanto respondo-lhe.
- As escolhas são sempre dolorosas, mas acabam por ser inevitáveis. E no que se refere às mulheres, eu, que não percebo nada do assunto, só te posso dizer que, se efectivamente tiveres necessidade de fazer uma escolha, não te preocupes tanto com o facto de ela agradar aos teus amigos, mas sim com a eventualidade de um dia a teres que apresentar aos teus inimigos.

quasetrintaeoito


O dia em que eu voltei a ver dEUS

E o Teatro Sá da Bandeira quase veio abaixo.


quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Eu youtubo, tu youtubas, ele...

Sabe-me bem ouvir, logo de manhã cedinho, o som dos pensamentos que me percorrem a mente. Será provavelmente a única altura do dia em que são audíveis, em que sua a velocidade não ultrapassa a do som.
Sabe-me bem chegar a casa ao final do dia e ouvir, enquanto faço o jantar, as canções da Adele, aquelas com que não fui massacrada durante o dia, por todas as rádios, repetidamente.
Às tantas, o conserto do rádio do carro, que eu me recuso a mandar fazer, por considerar que é escandalosamente caro, é dispensável. 
Se os altifalantes pelo menos tocassem disto....

quasetrintaeoito