O Natal é passado com os "meus", ou como se diz em linguagem cuidada, com a minha família nuclear. Durante a tarde somos visitados por alguns amigos com quem lanchamos e trocamos presentes. Pessoas especiais que gostamos de mimar, que gostam de nos mimar. Durante a tarde preparam-se os doces, descascam-se as batatas, põe-se a mesa a rigor. Prepara-se tudo para o jantar de Natal, o ponto alto da quadra. O bacalhau cozido, prato que habitualmente declino, nesta noite, sabe-me melhor que o meu prato preferido. E por isso, nem sequer é dada a opção mudar o menu. O jantar é sempre barulhento. Todos falam sem pedir vez. Há alturas em que paro um pedacinho e escuto e sinto-me no seio de uma família da máfia italiana e nessa altura, mais que em qualquer outra, a satisfação de ter uma mesa cheia de gente querida e barulhenta invade-me.
Depois do jantar, saio durante alguns minutos, para levar duas rabanadas e uma fatia de bolo-rei a um colega de trabalho, que passa o Natal sozinho, numa cabina despida de enfeites ou conforto natalício. Damos duas de conversa e regresso a casa. É então altura de trocar os presentes. O membro mais novo da família, calmamente, distribui, com a minha ajuda, os presentes por todos. Desembrulham-se um a um, com tempo, debaixo dos olhares atentos. A troca de presentes não é o momento mais importante do Natal, mas é, sem dúvida, uma das formas de dizermos ao outro que pensamos em si quando escolhemos aquele objecto em especial, com o qual o vamos presentear. É uma forma de nos mimarmos mutuamente.
E porque os mimos são para todos os que nos fazem bem, os posts que se seguem são um presente para os amigos bloggers virtuais que me acompanharam durante este ano, com hiperligações e/ou comentários sempre simpáticos. Na esperança de que a vossa Noite de Natal termine com um sorriso adicional.
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