A bondade plana perto da minha casa.
A Dona Bondade, ela é tão simpática!
As jóias azuis e vermelhas dos seus anéis de fumo
Nas janelas, os espelhos
Enchem-se de sorrisos.
Que há mais real do que um gemido de uma criança?
O gemido de um coelho pode ser mais selvagem
Mas não tem alma.
O açúcar tudo cura, é o que diz a bondade.
O açúcar é um fluido necessário.
De cristais que são como um pequeno penso.
Ó bondade, bondade
a apanhar delicadamente os grânulos!
As minhas sedas japonesas, borboletas desesperadas,
Para fixar a qualquer momento, anestesiadas
E lá vens tu, com uma chávena de chá
Numa auréola de vapor.
O jacto de sangue é poesia,
Nada o pode estancar.
Tu trazes-me dois filhos, duas rosas.
Ariel, Sylvia Plath, pp. 167. Relógio D'Água
Para a Helena. Que nos brinda com a genialidade das suas palavras. Que é mais doce que o açúcar, que é mais bondosa do que qualquer Dona Bondade.
Que lindooooooooooooooooo :)
ResponderEliminarQue emoção! :) Estou com um sorriso enorme no rosto, sentindo uma alegria súbita, um vento de sol, um cheiro de praia, de mar, de ar :)
Obrigada. Obrigadíssima!!!! :)