terça-feira, 1 de novembro de 2011
Baby
Com alguma falta de jeito, ele interpela-a e pergunta-lhe se gosta da música do seu país. Ela responde-lhe que sim, que gosta, mas que apenas conhece aqueles interpretes que correm o mundo, os mais evidentes, e começa a nomeá-los. Ele procura calmamente os auscultadores pendurados na gola da camisola, coloca um no seu ouvido e o outro no ouvido dela e programa o leitor de mp3 para que comece a libertar de dentro de si a voz rouca da cantora que ela prefere. Ela arregala os olhos, admirada. Ele arqueia as sobrancelhas, vaidoso. Ficam a sorrir um para o outro, enquanto se cantam beijos e carícias e desejos e delícias.
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