sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Devagar

Devagar, muito devagarinho, em silêncio, o caminho vai sendo percorrido.
À minha frente vejo apenas o vazio frio, impessoal, desesperante.
Devagar, muito devagarinho, quase imperceptivelmente, a distância vai-se encurtando.
Consigo vislumbrar um contorno, uma silhueta, ao longe, muito longe.
Devagar, muito devagarinho vou-me aproximando.
Forma-se uma imagem nítida, focada, mas sem detalhes definidos
Devagar, muito devagarinho começo a afastar-me.
Poderá ser apenas uma miragem, uma ilusão de óptica a criar esperanças vãs.
Devagar, muito devagarinho, resolvo aproximar-me de novo, já sinto que estou a chegar.
E lá está ele à minha espera.
Devagar, muito devagarinho, chego, vou ancorar, confirmo.
O meu mundo inteiro espera-me.

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