Dizes-te indisponivel para querer,
mas sem pudores, tentas abraçar o mundo.
Dizes-te amante do intrincado,
mas procuras um caminho linear, sem surpresas.
Dizes-te pastor do sentimento,
mas atacas a carne com toda a avidez.
Dizes-te opressor daquilo que tornaste teu,
mas és incapaz de agarrar o que conquistaste.
Dizes-te honesto,
mas camuflas a verdade com flores;
Dizes-te habitado,
mas dás abrigo a qualquer viajante.
Dizes-te homem,
mas mostra-te criança em todos os teus actos.
És a acrópole da incongruência.
És o abismo da contradição.
És a jazida da incoerência.
Não. Não te cales. Expressa-te. Diz-te sempre. Mas diz-te verdadeiro, sem máscaras, sem efeitos especiais.
Maria: poucas vezes li uma descrição do sexo masculino tão real, sem cair no prosaico e ainda por cima bonita!
ResponderEliminarParece que só nós, as Marias, conseguimos vê-los em toda a sua plenitude...
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