sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Se não te respeitas a ti próprio...

Há poucas coisas que me causem tanta repulsa como a violação da correspondência alheia. Nos últimos tempos têm-me chegado aos ouvidos casos repetidos de pessoas amigas que veem os telemóveis, contas de e-mail, contas de facebook... espiadas pelos cônjuges ou afins. Esta semana contaram-me que  a mulher de um amigo comum lhe entrou na conta do facebook e leu as mensagens privadas que ele trocou com outras pessoas, sem que ele soubesse. Ela própria confessou, alegando que o tinha feito sem intenção, apenas porque entrou por engano na conta dele. No entanto, não se coibiu de tirar satisfações com o correspondente do marido, acerca da uma das conversas que leu sem querer, claro, de fio a pavio. Hoje sem explicar porquê, proibi o meu amigo de voltar a trocar mensagens escritas comigo. Já não é a primeira vez que o faço com alguém das minhas relações, pelas mesmas razões. Não gosto de ver a minha vida privada devassada.  Até porque, quem me conhece sabe que eu não tenho pudores em dizer o que penso e sinto, cara a cara, em voz alta. Mas também sabem que resguardo a minha intimidade com unhas e dentes. Assim sendo, só espero que a senhora em causa não tenha a veleidade de vir pedir-me algum tipo de justificações nos próximos tempos. Não serão certamente palavras bonitas aquelas que terei para lhe comunicar.

3 comentários:

  1. Assino por baixo MF. Nem a carteira do meu filho consigo abrir quanto mais uma coisa de tal forma intima.
    O desrespeito em forma de relação...o desamor em forma de má formação.Nem sei que palavras classificam estas atitudes mas é com elas, as atitudes, que de mansinho me afasto:)

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  2. Nunca tive paciência para novelas mexicanas ou gente descompensada. Já basta as que tenho que lidar no trabalho, por opção, saiba-se. Mas também por opção limito-as a esse espaço e não deixo que invadam a esfera privada.

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