Hoje, durante a habitual discussão semanal que decorre com pontualidade ao almoço de domingo, eu e o meu pai concordamos em pleno. Foi a primeira vez que isso aconteceu em toda a nossa vida, ou para ser mais precisa, em toda a minha vida. Nenhum dos dois conseguiu muito bem perceber o que aconteceu, ou inverter a situação e terminamos o almoço em silêncio, com uma expressão de susto espelhada no rosto.
não se assuste :)
ResponderEliminareu tive o azar de ser praticamente igual no modo de ver o mundo do meu pai (morreu faz perto de 20 anos) e ele não o admitiu até eu sair de casa e, depois, deitado numa cama de hospital.
resumindo, dois olhares cúmplices duas vezes na vida; se fosse vivo, teria perto de 90 anos, eu tenho 46.
aproveite, não se assuste, que pai há mesmo só um e o amor com letra grande é mesmo coisa terrível e maravilhosa e rara :)
O susto adveio da singularidade do momento. Acho que nenhum de nós alguma vez se preparou para estar de acordo com o outro. A nossa cumplicidade tem assentado sempre na certeza que estaremos em cantos opostos do ringue. Chegou a altura de a reformular. Como dizia hoje alguém que me é muito querido, "estamos de acordo com teu pai, porque finalmente crescemos.." E parece que crescer dói.
ResponderEliminarSeja bem-vinda. Agora sim, em temos.
O mundo continue a reagir! Este agir, a ideia, me leva a te escrever ;) Beijos
ResponderEliminarE eu adoro que me escrevam.
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