Vagueio pelas ruas de uma qualquer cidade.
Não tracei um destino, ou sequer um caminho.
Cruzo-me com outros seres humanos, criaturas cheias de intenções.
Todos têm um destino. Todos seguem um percurso riscado, planeado para si, com todo o rigor.
Não se afastam um milímetro da guia, do carreiro. São formigas abúlicas.
Paro, olho-os, sinto por eles uma indiferença gritante, um desprezo atroz.
Abomino os trajectos impostos, os sentidos únicos.
Desdenho das gentes que se deixam guiar, manipular.
Abalroo o conformismo, desafio as leis da gravidade.
Sigo contrariando a maré, até ao infinito, até à extinção.
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