Quando acordei estava estendida num sofá da escola, com uma multidão de gente à minha volta. Olhei em redor. Procurei a luz dos seus olhos. Não a encontrei. Um ruído de vozes enchia o ar. Percebi apenas as palavras "foi o Leonel quem a segurou". Leonel era o seu nome.
Nos dias seguintes vivi em sobressalto. Tinha dificuldade em adormecer. Sonhava constantemente com tempestades, ventos, chuvas torrenciais, dilúvios. Uma inquietude ocupava-me o corpo e a mente. Não conseguia compreender o que me estava a acontecer.
Voltei a vê-lo, exactamente uma semana após o primeiro encontro. Dirigiu-se a mim. Sorriu. Olhou-me nos olhos. Disse-me que precisava de saber as horas, mas tinha medo de perguntar. Não queria ter que me carregar de novo. Sorri. O seu sentido de humor quebrou todas as minhas defesas. Conversamos. Trocamos nomes. Prometemos novo encontro, daí a uma semana, à mesma hora, no mesmo local...
(por questões relacionadas com o crescimento desmesurado, esta história continuará num outro formato)
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