terça-feira, 24 de agosto de 2010
Morte ao digital
Vejo-te e revejo-te, a cada momento, na árida planície das minhas recordações. E quando te gasto a imagem que trago dentro de mim, porque a uso em excesso, vou buscar-te aos álbuns fotográficos empoeirados e devoro cada pormenor do teu rosto, enchendo de novo a minha memória com o teu olhar e com o teu sorriso. E suplico aos deuses para que me tragam no vento o cheiro do teu corpo, o sabor da tua pele, o tom doce da tua voz. E quando isso não me basta, carrego-te na mente à hora de dormir, ansiando pela tua visita na terra dos sonhos. E quando acordo de manhã corro à janela, na esperança de avistar o nevoeiro, aquele, no meio do qual, me prometeste regressar.
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Maria, que imagem inusitada essa de usar uma imagem em excesso. Gostei muitíssimo. bj.
ResponderEliminarHá imagens que, de tão belas, não conseguimos tirar da memória.
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