terça-feira, 31 de agosto de 2010

Eu tou, tu tás, ele tá, nós...

Tenho uma dúvida existencial, que não consigo de forma alguma esclarecer sozinha. Por isso peço-lhes encarecidamente que me ajudem a compreender. Alguém me explica porque é que uma grande empresa, com suposta responsabilidade social, decidiu lançar uma campanha que tem como objectivo introduzir no dicionário uma palavra que não significa absolutamente nada. E porque é que a mesma empresa, em paralelo, lança uma discussão acerca de outras palavras que fazem parte da língua portuguesa, e que supostamente poderiam ser dispensáveis.
E já agora, tenho uma sugestão para outra campanha. Eis o slogan:
"Elimina a conjugação do verbo "tar" da tua linguagem escrita e torna-te uma pessoa menos bronca." Será que também cola? Pelo menos, no meio disto tudo, tenho uma certeza absoluta. Nunca mais me apanharão a beber daquela coisa que eles vendem.

2 comentários:

  1. Quando ouvi falar dessa petição (agora qualquer um faz uma petição: o bem e o mal das novas tecnologias) e nem queria acreditar que fosse verdadeira; pensei que fosse mais uma brincadeira de "miúdos" que acham piada a tudo, até ao que não tem piada. Nunca fui capaz sequer de ouvir um desses anúncios até ao fim: aquela palavra berrada faz(ia)-me impressão. Mesmo. Acho que já assinei a petição contrária! Já penso que o novo acordo ortográfico é uma mancha na nossa herança linguística que é tão bonita. Custa-me reaprender a ler a nova configuração que o português tomou agora como sua. Eu continuo com a minha aprendizagem, velhinha e ultrapassada para alguns, mas a minha e que só assim sei usar.
    Engraçado que muitos indivíduos devem pensar que "tar" realmente existe, tal é a quantidade de vezes que assim vejo escrito. Acho que nem em sms o consigo fazer, nem para poupar em cararcteres, nem em euros. Mas sou uma adepta de abreviaturas, as que nos salvavam de apertos na faculdade que se transformavam em apontamentos, não sou um dinossauro da escrita. Mas custa-me pensar que os meus filhos, se os tiver, um dia, não me saibam ler ou que pensem que não sei escrever...
    Já agora: ainda bem que escreve o que escreve e como escreve! É um bom retrato daquilo que gosto de ler! ;) [também gosto destes caracteres em forma de carinhas sorridentes - uma rebeldia ligeira!]
    Beijinhos grandes.
    BT

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  2. Achei sempre que fosse uma piada essa história de incluir tal palavra no dicionário! Ao que chegámos! E mais ridiculo ainda são os miúdos que, com o objectivo de ganhar prémios, propõem a exclusão do dícionário de palavras que sempre existiram e continuam a existir no vocabulário corrente de muitas gerações!
    Esta marca devia ser processada! Anda a desconstruir a pouca instrução que existe nos jovens de hoje em dia!

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