domingo, 3 de fevereiro de 2013

Noites a norte

A minha birra com aquele vinho já vem de longe e é mais que justificada. Tinha jurado que não voltaria a entrar-me na boca, enquanto a memória não me falhasse, mas ontem, não sei muito bem como ou porquê, apareceu-me na mesa e eu, que sou habitualmente apelidada de "a mais caprichosa" por quem me rodeia, decidi evitar as fitas e juntar-me aos restantes bebedores. Erro crasso. O organismo, obediente às minhas convicções, tratou logo de o rejeitar e o dito foi acabar no único sítio onde merece estar. Eu segui para a cama, porque o corpo a reclamava descanso e a cabeça algum sossego. Mas nem um nem outro foram atendidos. Visitou-me o Nick Cave e decidiu que queria dançar. E assim estivemos, toda a noite, ele a cantar-me, ao ouvido, em português, eu a rodopiar, rodeada pelo seu abraço.
(tenho cá para mim que tudo isto foi uma espécie de castigo divino em reposta aos posts lamechas que eu andei a publicar)


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