Prefiro um Cronenberg atormentado, atento ao mais ínfimo pormenor da construção das personagens, obsessivo com rigor das metáforas e das ambiguidades e mestre na manuseio das imagens (
ao ponto transformar as manchas de humidade em potenciais placas Rorscharch), a este David totalmente resignado, pouco rigoroso na estruturação das figuras, descuidado com a fotografia e incapaz de aludir ao simbólico. Gosto da memória que tenho do Cronenberg. Não gosto daquilo em que ele se tornou.
Gosto da paixão pelos “desvios” comportamentais de Cronemberg, e aqui também evidentes. De forma mais outonal? Claramente. Cronemberg está mais velho
ResponderEliminarGosto do que alimenta a mente humana e o peso da componente sexual e entendo como uma continuação na obra de Cronemberg.
Gosto da Spielrein e do desejo que provoca. Da tese freudiana alavancada, desesperadamente , à ciência.
Depois gosto daquele amor, daquela paixão de que vive o filme. Gosto de histórias de paixão. Das que vivem para a vida toda. Tocam-me paixões que a vida separa. Quando a ética se sobrepõe ao desejo. O sexo e a almas em sofrido desespero.
Cronemberg mostra um doente não obrigado a comportar-se de acordo com os cânones esperados por uma sociedade normalizada, antes perceber que apesar de não normalizado cabe neste mundo . Parece-me um hino à aceitação da diferença. E que isso não nos exclui do mundo .
Ou seja, só para dizer que gostei muito deste filme
É uma questão de expectativas. Depois do Spider, este Método sabe a muito pouco. Se puder veja o do Huston. Esse sim, encheu-me as medidas.
ResponderEliminarAh! E eu gosto dos comentários que me deixa, e das perspectivas alternativas que me coloca ao dispor.
ResponderEliminar:-)