"...ora mau é esse amante segundo o Eros vulgar, mais enamorado corpo do que da alma; é que não há nada nele de estável, visto que nada de estável é objecto do seu amor, e, desde que o corpo perdeu a flor da sua perfeição, "desprende-se e voa" renegando sem pudor tantas belas palavras tantos compromissos. Pelo contrário, aquele que está enamorado da beleza do carácter, assim fica toda a vida, visto que é à estabilidade que se agarra."
O Banquete, Platão. 380 a. C.
"O amor é uma entidade emotiva especifica, consistindo numa variação mais ou menos permanente do estado afectivo e mental de um individuo, na ocasião da realização - pela acção fortuita de um processo mental especializado - de uma sistematização exclusiva e consciente do seu instinto sexual, sobre um indivíduo do outro sexo. Na maioria das vezes, este fenómeno não se produz sem exaltação do desejo."
A psychologia do amôr, Gaston Danville. 1894
"É querer estar preso por vontade
É servir a quem vence, o vencedor
É ter com quem nos mata lealdade"
Rimas, Luis de Camões. 1595
Das três definições, fico com a de Camões.
ResponderEliminarbj
Eu também, Helena. Mas confesso que ao Danville têm o seu quê de peculiar.
ResponderEliminarFantástico! A de Danville, claro, é a minha preferida! Maravilhoso!
ResponderEliminarAh! Estabilidade, então, é isto: 'Pelo contrário, aquele que está enamorado da beleza do carácter, assim fica toda a vida, visto que é à estabilidade que se agarra."
ResponderEliminar;)
Lúcia, Lúcia. Não vale usar a as minhas palavras contra mim. Junta as três definições e tens a famosa "estabilidade emocional". Ou será instabilidade?
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