sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Até amanhã

Tem vontade de esperar mais um bocadinho, até que ele chegue.
Sabe que a recompensa virá em forma de sorriso aberto, daqueles que saem do interior. Sabe que o hipotálamo lhe será inundado de euforia.
Mas a pouco e pouco, começa a fechar os olhos. Sente que os ruídos-ambiente se tornam cada vez mais distantes. Tenta resistir, abrir os olhos. Não quer adormecer. Quer esperar e voltar a sentir a sua presença ali ao lado.
Fecha de novo os olhos. Curtas imagens oníricas povoam-lhe as células cerebrais. Aos poucos ele vai entrando nas imagens que o cérebro lhe transmite. Já o tem ali. Já não necessita de esperar. Deixa-se adormecer.

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