sexta-feira, 16 de março de 2012

Não deixarei que me imortalizes pregada com alfinetes num quadro.


XXXV

Oiço o rumor das águas todo o dia
A lançar queixumes,
Tal qual ave marinha de tristeza,
Que, ao partir sozinha
Escuta o vendaval ao mar bramindo
Monotonia.

Sopra, de gelo e cinza, a ventania
Por onde eu avanço
De muitas águas o rumor escuto,
Pela profundura.
Oiço fluir correntes, noite e dia:
Maré-baixa- alta maré.

Música de Câmara - James Joyce

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