Ela apaparica-te, adivinha-te as vontades, antecipa-te até os desejos mais fúteis.Trata-te como se fosses um bem de primeira necessidade, que é necessário preservar, do qual não se pode abdicar.
Tu, qual criança insubordinada atiras-lhe com uma frase cruel:
"- Pareces a minha mae, sempre preocupada comigo!"
Ela muda de direcção. Deixa-te entregue às tuas próprias mãos. Deixa de te transportar até ao destino e passa apenas a, negligentemente, indicar-te que sigas as tabuletas, deixando-te caminhar pelo teu próprio pé.
Tu, mudas de atitude e passas a ser um menino mimado e dizes-lhe com cara de amuo:
"- A minha mãe organiza-me os utensílios, preocupa-se com os pormenores, cuida de mim."
Confusa, ela decide colocar-se no lugar do tolo - no meio da ponte.
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