Não era esse o seu plano inicial. Num repente, chegou à conclusão que não poderia seguir pelo caminho que tinha traçado, ou que tinham traçado por si. A dada altura, já não conseguia distinguir quem o tinha feito. E portanto, decidiu mudar de planos, decidiu tomar as rédeas da sua vida e conduzi-la como bem entendia, do alto dos seus experientes 17 anos.
Quando comunicou a sua decisão, o concilio de sábios que a rodeavam deitou as mãos à cabeça, esgrimiu argumentos de peso para a demover dos seus intentos, vaticinou a desgraça. Ela teve que lutar contra a maré. E não foi uma marezinha de verão. Foi um quase tsunami. Foi uma luta árdua. Todos os esforços usados pelo opositor foram inúteis, todos os argumentos utilizados foram vãos, pois nada a demoveu. A sua teimosia, mascarada de persistência levou a melhor e ela atingiu os seus intentos, saboreando a vitória com um sorriso nos lábios.
Tinha tanto de ingénua como de teimosa, nesses dias. O seu plano era salvar o mundo. Acreditava que poderia faze-lo. Bastava que aprendesse tudo e pusesse em prática as coisas que lhe iam sendo ensinadas.
Passados quase 20 anos, compreendeu finalmente que o seu plano nunca poderia realizar-se. Não porque não tivesse aprendido, não porque não tivesse posto em prática. Mas porque, algo maior impedia o sucesso. Compreendeu finalmente que, durante todo o caminho, ninguém conseguiu mostrar-lhe o único argumento válido, capaz de a fazer vacilar. Ninguém foi capaz de lhe mostrar que:
- O mundo não quer ser salvo...
Olá, não me esqueci do nosso desafio para o «No Vazio da Onda». Gostava que enviasse-mos ao mesmo tempo. Obrigado pelo comentário ao post.
ResponderEliminarAinda não consegui escrever. Aviso quando estiver. :-)
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