A escuridão da noite envolve-me o pensamento, joeira-o, transmuta-o numa linha recta.
E eu abandono-me. Saio de mim e observo-me de um ponto longínquo.
Quero ver-me com o teu filtro. Ensaio olhar-me através dos teus olhos.
Sem esforço, traço a tira-linhas as dores que te inflijo.
Identifico, assinalo, sublinho todas as falhas que me relevas.
Rapidamente subo ao degrau seguinte.
Abre-se um sorriso no rosto.
Percorro os predicados que estimas em mim. Vou e venho. Calcorreio-os todos.
Percebo que não bastam, que são escassamente insuficientes.
Olho de novo para o todo, usando os teus olhos avisados.
E vejo, apesar de não compreender, essa tua obstinação em me querer.
é uma prédica de ascenção?
ResponderEliminare o verão chegou trazendo o seu cheiro no vento
e ficou a aquecer corpos e partiu com todo o fogo subtil dessa estação
e os cheiros intensos húmidos e frios da primeira verdade voltaram
calcorreias passeios distantes mas exageras nos estilos e nos adjectivos...